Conta a lenda que os Orixás e Ancestrais se
rebelaram, querendo ter os poderes e a sabedoria do Deus supremo. Como
mensageiro nomearam Exu, que levou as reivindicações a Olodumare.
Este lhes enviou um poderoso obi, e, orientado por Ifá, determinou que após
deixá-lo a noite inteira numa encruzilhada, os Orixás e Ancestrais deveriam
tentar parti-lo para mostrar seu poder.
Ori era apenas uma pequena bola, que não possuía
sequer um corpo para se apoiar, e ninguém o respeitava. Para conseguir partir o
obi, procurou Ifá, que o aconselhou a fazer uma oferenda para os Odus, para conseguir
a força de todos eles. Além disso deveria espojar-se na poeira do chão
por algumas horas.
No dia seguinte todos já estavam preparados para
tentar partir o obi, quando chegou Ori, espojando-se na poeira. Um a um os
Orixás foram fracassando na tentativa, pois o obi era muito forte e
resistente.
Ori se apresentou e, como última opção, deixaram-no tentar. Com seu peso caiu sobre o obi, que se partiu em seis gomos. Todos ficaram muito felizes.
Ori se apresentou e, como última opção, deixaram-no tentar. Com seu peso caiu sobre o obi, que se partiu em seis gomos. Todos ficaram muito felizes.
Olodumare, ao receber a notícia, imediatamente enviou
uma linda almofada, onde Ori se instalou. Dessa forma Ori ganhou um corpo para
sustentá-lo. Orixás e Ancestrais exclamaram: ORI APERE!
A partir desse momento, Ori nasceu. Passou a ser
dotado de Iwa, a existência, dada por Olodumare, como prêmio por ter sido o
único a conseguir partir o fruto-ventre.
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