quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A Dança no Egito.



No Egito, bem como em outras antigas civilizações, a dança tinha um caráter sagrado. Sua invenção era atribuída a Bes, um deus-anão originário da Núbia, que usava pele de leopardo – que protegia contra a feitiçaria e favorecia um parto rápido – mas quem ditava as normas da dança era Hathor, deusa representada por uma vaca que carregava o disco solar entre os chifres ou também por uma mulher com cabeça de vaca portando o disco solar.
O principal centro do culto de Osíris ficava em Abydos. Ali, todos os anos, antecedendo a época da cheia do rio Nilo, realizava-se um festival que dramatizava o mito diante de milhares de fiéis. Em procissão solene, os sacerdotes entravam no templo acompanhados por músicos e dançarinas.
Cantava-se e dançava-se o mistério de Osíris a quem se atribuía, entre outros feitos, ter ensinado a agricultura aos homens. Um irmão invejoso, Set, matou-o e desmembrou seu corpo em quatorze pedaços. Ísis junta as partes e devolve a vida ao irmão-marido que, no entanto, prefere continuar reinando no mundo subterrâneo. Assim é Hórus, o filho póstumo, que passa a governar os vivos. Simbolizando a eternidade, Osíris também presidia a arte de embalsamar e mumificar os cadáveres; as almas seriam por ele julgadas depois de recitar quarenta e duas confissões; a preservação dos corpos era tida como indispensável para uma nova vida após o julgamento.
Diversos tipos de registros levam a crer que a dança egípcia era severa, angulosa, com alguns movimentos acrobáticos como a ponte: pés e mãos apoiados no solo sustentam o corpo arqueado. As imagens raramente indicam saltos. O acompanhamento musical era feito por flautas e tambores. A participação feminina predominava, pelo menos no que se refere à dança religiosa. Desenhos, altos-relevos, estátuas mostram dançarinas freqüentemente aos pares sobressaindo entre o grupo de instrumentistas. Por vezes, elas estão nuas ou usando apenas uma saia comprida cuja barra contém caprichosos desenhos geométricos. Seios de fora, olhos supermaquilados, adornos nos pulsos e tornozelos também são retratados na dança egípcia.
A dança do ventre era realizada por sacerdotisas treinadas desde meninas para servirem como canal da Deusa Hathor nos rituais religiosos e era realizada somente em templos, mas com o passar do tempo começou a fazer parte de grandes solenidades públicas nos palácios, o que fez com que ela se popularizasse. Com a invasão árabe muçulmana no século VII, ocorreu uma miscigenação de culturas e a dança se espalhou pelo resto do mundo através dos viajantes e mercadores.
Em sua expansão pelo mundo, ela sofreu ao longo dos tempos diversas influências, acumulando em cada região diferentes interpretações e significados. Atualmente, ela ainda se encontra em um contínuo processo de desenvolvimento, recebendo influências diversas, como por exemplo da Dança Contemporânea e do Flamenco. Independente das diversas influências, não é difícil identificar o seu estilo por meio de determinadas características.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Música Cubana

A música cubana é a expressão dos ritmos trazidos para a ilha de Cuba especialmente pela colonizadores espanhóis e os escravos negros da África. Além disso, em menor número, existe alguma influência asiática, incluindo a corneta china no conga do Carnaval, um evento que começou no final do século XIX com a chegada dos primeiros imigrantes chineses para a ilha.
Conforme a origem de suas influências, poderíamos fazer uma divisão fundamental entre a música euro-cubana e a afro-cubana, e de uma muito extensa derivação de ambas, com suas variadas manifestações populares, ao longo dos anos e por isso a música de Cuba sempre foi reconhecida por todo o mundo e por muitas gerações.
Qualquer classificação que se pretenda fazer da música cubana e dependerá do grau de mistura entre as influências europeias e africanas que são descobertas na mesma. Mas reduzi-la a essa classificação seria demasiado simples, porque, na realidade, a música cubana é o rico e complexo resultado da fusão criativa destas duas fontes, que historicamente tem acrescentado a influência das mais diversas culturas e tendências musicais.
Hoje em dia, está experimentando um novo "boom" da mesma, resultado do redescobrimento, pelo menos a nível dos grandes circuitos comerciais da música, que é um movimento musical florescente que vai desde a chamada salsa, até a música eletroacústica passando pelo jazz, o rock e a música clássica.
Figuras como Compay Segundo, Celina & Reutilio, Ibrahim Ferrer, Silvio Rodriguez, Ernesto Lecuona, Pablo Milanes, Omara Portuondo, César Portillo de la Luz e Chucho Valdes, entre muitos outros, são talvez o indicativo da diversidade e da riqueza desta música, o que é considerado por alguns, juntamente com os Estados Unidos e Brasil, como uma das fontes mais importantes da música popular contemporânea.
Cuba tem grandes músicas e bandas como Buena Vista Social Club, Addys D'Mercedes, Orishas e Benny Moré.
Cuba possui vários ritmos herdados de seus colonizadores como: salsa e merengue, influências africanas, rumba e principalmente o mambo que alega-se ser formado em Cuba por Orestes e Israel López (ex-integrantes da banda "Arcano y sus maravillas") em 1938. E mais tarde foi modificado pelo famoso músico Dámaso Pérez Prado (considerado el rey del mambo) o qual separou os ritmos sincopados e o jazz pois dizia que era muito complicado de dançar o mesmo e partir de 1951 o mambo se popularizou por todos os mundos.
Algumas manifestações
·         Bolero
·         Cha-cha-chá
·         Contradanza
·         Danzón
·         Danzonete
·         Guaguancó
·         Guajira
·         Guaracha
·         Mambo
·         Merengue
·         Nueva Trova Cubana
·         Pachanga
·         Rumba
·         Salsa
·         Son
·         Son montuno
·         Timba



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Labirinto de Creta

Segundo a mitologia grega,  o Labirinto de Creta foi construído pelo brilhante arquiteto e artesão Dédalo, a pedido do Rei Minos, para prender o Minotauro, personagem mitológico com corpo humano e cabeça de touro.  Acredita-se que a lenda sobre a existência do labirinto tenha surgido a partir do Palácio de Knossos, cuja complexidade da arquitetura, que incluía inclusive um sistema de esgoto, relaciona-se a complexidade do labirinto. As ruínas do Palácio de Knossos são, até hoje, atração da ilha de Creta, na Grécia.

O deus Poseidon presenteou o Rei Minos com um belíssimo touro branco, com o objetivo que Minos sacrificasse o animal em sua homenagem. Mas a beleza do touro fascinou o rei, que sacrificou outro touro no lugar do belo animal que Poseidon havia lhe dado. Poseidon, furioso pela tentativa de Minos de lhe enganar, fez com que Pasífae, esposa de Minos, se apaixonasse pelo touro branco, sendo que da união do touro com Pasífae, nasceu o Minotauro. Sem outra opção, e não podendo matar o “filho” de sua esposa, Minos pediu a Dédalo que construísse um labirinto para onde pudesse enviar o Minotauro com a certeza que o mesmo não escaparia. Dédalo construiu o Labirinto de Creta.
Duas lendas gregas têm relação com o Labirinto de Creta: a do Minotauro e a de Dédalo, arquiteto que teria construído o labirinto e seu filho Ícaro.  Ambas as lendas tem como antagonista o Rei Minos da lha de Creta, que segundo a mitologia grega, era filho de Zeus.
A outra lenda grega que faz referência ao Labirinto de Creta é a de Dédalo e seu filho Ícaro. O desfecho da história do Minotauro, morto por Teseu, herói que conseguiu superar o complexo labirinto de Creta saindo vivo dele, levou o rei Minos a prender Dédalo e Ícaro no labirinto. Minos temia que o arquiteto revelasse os segredos da construção do labirinto. No entanto, Dédalo, em sua genialidade, teve a idéia de fugir do labirinto pelo céu, pois o mesmo não tinha teto. Para tanto, os prisioneiros construíram asas artificiais com as penas dos pássaros que voavam sobre o labirinto e que nele faziam seus ninhos, coladas com cera das abelhas que os mesmos recolhiam.  O único perigo, segundo Dédalo alertara a seu filho, seria a cera derreter, caso a altitude do vôo fosse maior, portanto mais próxima do sol.  Ícaro, encantando com a experiência de voar, não atendeu as recomendações do pai, e voou em uma atitude superior. Suas asas derreteram e Ícaro caiu no mar, para o desespero de Dédalo, que chorou a morte do filho por toda sua vida.